quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Olá..

 Imagino-te... Imagino onde estarás, o que vês, o que sentes, virás tu visitar-me durante a noite e olhar-me enquanto durmo? Imagino aquela vida... a vida que construímos juntos, esta casa, o jardim, cada divisão e cada pormenor. Porquê? Ainda dou por mim a vaguear pelo infinito, a visualizar cada pormenor do teu rosto, o teu sorriso, aquele que me fazia sorrir só de olhar. Sim, ainda te vejo a entrar por aquela porta quando chegavas de mais um infindável dia de luta. E como era tão bom te ver chegar. 
  Imagino-te... Imagino todos os nossos sonhos, as nossas dores, as nossas angústias, o nosso pensar, os nossos olhares. Mas continuo aqui. Escrevo para te sentir mais perto, escrevo para te chamar, escrevo para acreditar que ainda poderás vir uma vez mais, ainda te poderei olhar e ver sorrir uma vez mais. Eu sei que, neste momento querias que estivesse a cuidar do jardim, era sempre o que me mandavas fazer quando lá entendias que eu precisava para me afastar de certos pensamentos, para me manter entretida, mas não tenho coragem, ainda não. Ainda não tenho forças para me levantar, erguer a cabeça e sorrir. Isso ainda dói demais. 

  Imagino-te... Imagino o que já não posso mais imaginar, por não estares aqui para o tornar realidade. Como vão ser os meus dias? Como vão ser as minhas noites? Levaste contigo o que restava de mim, levaste-me por inteiro. 
  
Sei que ainda voltarás... não sei o dia, nem a hora, nem como.. mas sei o porquê e sei imaginá-lo e sabes o quanto sabe bem? 

Amo-te

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