sábado, 24 de janeiro de 2015


 
  Há vários tipos de Amor. Há aquele Amor que existe entre uma mãe e uma filha, aquele Amor incondicional que nos leva a fazer tudo por eles, pois são parte de nós, são a nossa essência, o nosso sorriso, o nosso olhar, o nosso futuro, depois, há aquele Amor de amizade, aquele que nos faz permanecer juntos lado a lado, que nos faz querer ajudar e ver o outro sorrir e, há aquele Amor de um homem por uma mulher, sim, aquele Amor que se torna em paixão, que nos faz construir sonhos, vidas, que nos faz lutar até ao infinito, que nos faz desejar o hoje e o amanhã, aquele que nos faz sentir borboletas na barriga, que nos faz passar uma noite inteira a sorrir. Sim, aquele que não deixa escapar a ninguém a novidade de estarmos apaixonados, que nos faz querer dar a mão e proteger, que nos faz querer ter ao nosso lado, todos os dias da nossa vida. 
  
  Não sei ao certo como existiu ou de onde provém ou quem o inventou, não sei ao certo mas, sei o que traz o Amor, já o senti, já o experienciei, já o vivi. Já desejei alguém, já passei uma noite inteira a sorrir por alguém, já sonhei e também já fiz planos. Mas também já me magoei, já chorei, já quis desistir, já me revoltei e sim, já odiei.
  Mas perdoei e continuo a amar. Amar aquele que me ensinou a sorrir, que me cativava só com um simples olhar, que me fazia desejar te-lo lado a lado todos os dias da minha vida, sim, eu desejei que fosse ele aquela companhia que eu fosse ter em velhinhos quando já sabemos apreciar as pequenas coisas da vida, porque era somente ele que eu queria que estivesse lá para partilhá-las comigo, para partilhar esta vida comigo, os altos, os baixos. 

  É dificil ser tão feliz e no outro dia perder essa felicidade, dói, faz-nos perguntar mil e uma coisas a Deus, à vida, à nossa vida! Mas já me conformei. És tu o meu Amor, o meu Amor não presente, mas aquele Amor que me protege, que me ama, e que cuida de mim todos os dias da minha vida. Também sei que a caminhada será dura e longa sem ti, mas eu estou aqui e desejo sempre as horas de dormir, pois são as únicas horas em que ainda tenho a capacidade de te encontrar, de te tocar e de te ver, de falar contigo, e de adormecer no teu abraço. 

 Ah... É verdade, ainda há aquele Amor para sempre! É o meu... é o nosso!

               Sandra Costa - Um Pedaço de Noz

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Olá..

 Imagino-te... Imagino onde estarás, o que vês, o que sentes, virás tu visitar-me durante a noite e olhar-me enquanto durmo? Imagino aquela vida... a vida que construímos juntos, esta casa, o jardim, cada divisão e cada pormenor. Porquê? Ainda dou por mim a vaguear pelo infinito, a visualizar cada pormenor do teu rosto, o teu sorriso, aquele que me fazia sorrir só de olhar. Sim, ainda te vejo a entrar por aquela porta quando chegavas de mais um infindável dia de luta. E como era tão bom te ver chegar. 
  Imagino-te... Imagino todos os nossos sonhos, as nossas dores, as nossas angústias, o nosso pensar, os nossos olhares. Mas continuo aqui. Escrevo para te sentir mais perto, escrevo para te chamar, escrevo para acreditar que ainda poderás vir uma vez mais, ainda te poderei olhar e ver sorrir uma vez mais. Eu sei que, neste momento querias que estivesse a cuidar do jardim, era sempre o que me mandavas fazer quando lá entendias que eu precisava para me afastar de certos pensamentos, para me manter entretida, mas não tenho coragem, ainda não. Ainda não tenho forças para me levantar, erguer a cabeça e sorrir. Isso ainda dói demais. 

  Imagino-te... Imagino o que já não posso mais imaginar, por não estares aqui para o tornar realidade. Como vão ser os meus dias? Como vão ser as minhas noites? Levaste contigo o que restava de mim, levaste-me por inteiro. 
  
Sei que ainda voltarás... não sei o dia, nem a hora, nem como.. mas sei o porquê e sei imaginá-lo e sabes o quanto sabe bem? 

Amo-te